ISAC lança curso on-line sobre a aplicação da LGPD na saúde

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Curso aborda as práticas proibidas no ambiente de saúde em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados

Em vigor há quase um ano, a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados impôs diversas mudanças para as organizações brasileiras. A área da saúde foi uma das mais afetadas pela nova lei. É que os dados de pacientes coletados em hospitais e clínicas são considerados sensíveis.

São dados como exames, condutas terapêuticas e diagnósticos, que jamais podem ser usados com finalidade diferente daquela de quando foram fornecidos.

Para orientar os seus colaboradores sobre como a LGPD se aplica ao ambiente de saúde, o ISAC – Instituto Saúde e Cidadania criou um curso on-line sobre a temática.

O especialista em Compliance e consultor de LGPD, José Carlos Deotti, é quem ministra o curso virtual.

O material pode ser acessado por todos os profissionais que atuam nas unidades de saúde gerenciadas pela organização social. Basta acessar o site do ISAC, entrar na Área do Colaborador e fazer login na sala de aula dos cursos EAD.

Estrutura do curso

Além de abordar a importância da nova lei, o curso detalha as situações em que a LGPD é aplicável, que tipos de dados ela protege, como deve ser feito o tratamento das informações e quais são os direitos dos titulares.

As orientações são divididas em dez módulos.

– O que é o ISAC?

– O que é LGPD?

– História da LGPD.

– Quando essa lei é aplicável?

– O que são dados pessoais?

– O que são dados sensíveis?

– O que é tratamento?

– Princípios para o tratamento de dados.

– Bases legais para o tratamento de dados aplicáveis ao ISAC.

– Direitos dos titulares.

O que é a LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados reforçou as barreiras para proteção de dados e passou a exigir que as organizações se adequem às novas determinações.

Agora, sempre que solicitarem informações do cidadão, as organizações precisam informar como elas serão usadas. Além disso, elas passaram a ser responsáveis pelo tratamento desses dados.

Como ela funciona dentro de um hospital ou de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento?

Sempre que um paciente é admitido na unidade, ele fornece dados na recepção, como nome, endereço e número do cartão SUS. Durante o atendimento, o profissional da saúde pede informações mais detalhadas sobre uso de medicamento, histórico de doenças na família e exames já realizados. Se o paciente é internado, todas as informações sobre conduta terapêutica são detalhadas no prontuário.

De acordo com a LGPD, essas informações são sigilosas e jamais devem ser divulgadas sem autorização do paciente ou usadas com finalidade alheia àquele atendimento.

“Os dados referentes à saúde são considerados dados sensíveis. Então, em tese, eles são mais críticos do que os dados normais, que são nome, CPF e endereço. Por isso é muito importante resguardar as informações dos pacientes”, explica José Carlos Deotti.

Para a presidente do ISAC, Evane Corbacho, a Lei Geral de Proteção de Dados é um ganho para as organizações também.

“Entendemos essa conduta como uma etapa importante do cuidado com o paciente também, porque o vemos como um todo, muito além do seu quadro clínico. É uma pessoa com história, paixões, sonhos e direito de decidir sobre a própria trajetória”, argumenta Evane.

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